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A Importância da Rede de Apoio na Amamentação



Desde 1992 a Organização Mundial de saúde promove na primeira semana de agosto a semana mundial do aleitamento materno, também chamada como “agosto dourado”. Um amor líquido, dourado, fluido e banhado de sentido!



Biologicamente, sabemos que o aleitamento é abordado como algo que vai muito além de prover alimento ao filho, envolvendo também a responsabilização da mãe pela saúde da criança e seu desenvolvimento. Contudo, historicamente o ato de amamentar vai muito além do biológico, perpassando as entranhas emocionais da mãe e seu bebê, promovendo conexão, afeto, segurança acalento e referência.


Sabemos que a amamentação é uma prática cercada de mitos e nem sempre realizada de modo simples para a mãe e para o bebê. Existem muitas expectativas em relação à amamentação e da realidade de amamentar. Ao falarmos da relação mãe – bebê, corremos o risco de emitir opiniões de julgamento sobre como esse relacionamento deve funcionar. A força cultural e as crenças familiares constituem uma grande barreira nesta relação.


No mundo da idealização parental, a amamentação é simples: o bebê é colocado no peito e imediatamente mama muito bem, fica satisfeito, arrota e é colocado no berço em seu sono mais profundo. Mas ao nos depararmos com a vida real muito distante da idealização, encontramos uma interação única em cada dupla mãe-bebê, e essa só será conhecida após o nascimento. Neste início de vida, pai e mãe vão aos poucos conhecendo o bebê, entendendo o que ele gosta, como ele se conforta ou o que traz um choro sentido. Isso é construção e prática que será fortalecida durante toda a vida e em todas as etapas do ciclo vital.


Desde os primeiros minutos de vida, a amamentação se torna uma tarefa central e que demandará muito esforço e dedicação, não só da mãe que amamenta efetivamente, mas de toda uma rede de apoio que precisa atuar ativamente para favorecer um ambiente de acolhimento, seguro, e cercado de informação e apoio. É comum ouvir dos pais e familiares, que somente a mãe pode amamentar, mas esquecemos que a rede de apoio pode favorecer e muito no que rodeia o ato de amamentar, desde um copo d’agua para a mãe sedenta até as companhias madrugada a dentro no toque de acordar para uma mamada e outra.


Na minha prática profissional, ao acompanhar muitas famílias, percebo que este é um momento delicado e intenso, um compromisso que assumimos sem poder prever exatamente o que será exigido de nós. O importante é podermos falar sobre o assunto, cercar-se de apoio e pedir por auxílio sempre que necessário. Seguramente muitas mães poderão seguir na árdua missão da amamentação ao encontrar suporte e acolhimento, e as mães que não tiverem essa oportunidade por outros impedimentos, se sentirão menos culpadas encontrando novas oportunidades na missão de maternar e amar.


Deixo aqui minha reflexão, questionamento e convite em apenas uma frase final:

O que você pode oferecer para favorecer uma mãe que amamenta seu rebento?





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