Esse com certeza é dos posts mais difíceis que decidi escrever. Mas no dia das mães ele seria inevitável.
Pensar sobre isso me deixou aqui paralisada diante do computador.
Aí percebi que não se pode descrever em palavras esse turbilhão de sentimentos, emoções, medos, aprendizados e acertos. Não se pode descrever como não se pode colocar em palavras o que é exatamente o amor.
Ser mãe sempre foi um sonho. Desde que, muito pequena ainda, eu brincava de bonecas com minhas primas e elas tinham nome, roupinha, fralda e até madrinha. Todas nós lembramos perfeitamente dos "batizados" das nossas bonecas.
Era um sonho que – por um tempo da minha vida – eu pensei que não seria realizado pelos rumos que ela havia tomado.
E de repente tudo mudou. Eu encontrei um companheiro maravilhoso que também queria muito ser pai e nós empreendemos nossa jornada a dois. Aí veio o primeiro medo. A primeira insegurança: será que vou conseguir engravidar apesar da idade. E se eu engravidar, vai dar tudo certo?
E a bondade divina quis que eu engravidasse na primeira tentativa para nossa alegria. Eu diria que é mais que alegria. Foi uma verdadeira euforia. Escrevi um post sobre isso. Mas o fato é: de repente eu estava grávida! E agora?
Aí começaram os medos, a ansiedade, os planos… Veio o primeiro susto com o primeiro sangramento e o diagnostico de placenta baixa.
Veio o primeiro grande sacrifício feito por amor: ficar dois meses em repouso absoluto, sem poder fazer nada, sem poder comprar o enxoval ou arrumar o quartinho por que eu corria risco de perder o bebê. Não posso explicar a dor e a angústia que eu senti pela simples possibilidade de perder meu filho. Por que eu já amava aquele pequeno serzinho e já não sabia como viver sem ele mesmo sem eu nunca tê-lo visto.
E ao longo da gestação tivemos outros sustos, surpresas e também muitas alegrias. O que dizer da primeira ultra? Aquela que a gente viu um bebezinho do tamanho de um grão mas que já tinha mãozinhas e pezinhos. E como vou explicar o que nós sentimos na ultra depois do sangramento quando vimos que estava tudo bem e que a médica disse que nós teríamos um menino?
Eu esqueci de todo o sofrimento do repouso e da angústia da possibilidade de perder o bebê quando soubemos que era um rapazinho e escolhemos o nome.
Depois veio o pós parto. Mais um post a parte. Tive embolia pulmonar e não pude fazer quase nada mais que amamentar por quase 3 meses. Eu só agora começo a entender a gravidade do que eu tive. E mesmo assim eu só pensava nele… Minha tristeza era não poder fazer tudo por ele.
Ser mãe… Ser mãe é muito mais que um dia, um minuto, … é uma vida. É pra sempre. É algo que te transforma literalmente de dentro pra fora. Você não pode ser mais a mesma. Você não é mais a mesma fisicamente. Suas preocupações não são mais as mesmas. Sua vida muda completamente porque você passa a pensar em outro o tempo todo.
Ser mãe, pra mim, é a melhor versão de mim mesma por que me faz menos egoísta, me obriga a não estar me complicando com coisinhas, a não me preocupar se estou bem ou mal por que tem um outro que depende de mim.
Ser mãe me fez mais mulher, mais humana e, acho, que até me fez melhor esposa porque aumentou minha capacidade de me doar ao outro sem buscar nada em troca.
Vou parar por aqui por que o post já está enorme e eu não disse nem a metade do que eu gostaria de dizer…
Ser mãe é um dom, uma missão que espero cumprir da melhor maneira possível.
E pra você, mamãe, que está lendo esse post meu FELIZ DIA DAS MÃES!! PARABÉNS POR ESSE DOM INCRÍVEL E MEUS DESEJOS DE MUITA FORÇA E SABEDORIA PARA LEVAR ESSA LINDA MISSÃO A CABO.